domingo, 3 de agosto de 2008

O Primeiro Celular de Ouro

E a evolução continua. Assim como aconteceu com nós seres humanos. Assim como aconteceu com a televisão. Assim como aconteceu com o rádio. Assim como aconteceu com os carros. E assim como aconteceu no ponto que vou destacar: a música e o celular.

Começo esse resumo com o disco de vinil, uma rodela preta e meio desproporcional, principalmente para quem tem a as mãos pequenas. Nessa época o telefone (com fio) era coisa que pobre nem sabia que existia.

O sucesso dos bolachões foi estrondoso. E para mastigar as bolachas com seus recheios musicais, tinham lá as últimas novidades em radiolas.

Depois dos luxuosos Lps, chegou numa escala altíssima o K7. Mais cômodo em relação à palma da mão e para quem não tinha muito espaço para colocar as coleções musicais, o tamanho nesse aspecto também ajudava muito. Na era K7, o telefone ( ainda com fio) já era algo que pobre sabia o que era.

Mas as famosas fitas tiveram um fim trágico e banal.

Nascia então o Cd. Uma versão miniatura e sofisticada do Lp. Ao contrário do disco de vinil e do k7, o Compact Disc não se dava à amolação de ter que ir ao aparelho de som e trocar o bendito de lado. Um sucesso! Uma febre de 200 graus no corpo da evolução da indústria fonográfica. E nos tempos do disquinho alguns pobres começavam a usufruir de telefones ( com fio) em suas residências.

E o Cd, resiste aos tiros da tecnologia, do seu alto preço e principalmente do bombardeio da internet.

Teve também o Md. Esse foi para o balão de oxigênio e não resistiu.

Para se ter agora a música do artista favorito, se tem vários meios. Tudo através da internet. Download é a palavra que coordena a “música net mania”. Agora o telefone( e sem fio) chegou para todos. Sem exceção. Muitos pobres( me incluo) e miseráveis já não dependem muito dos orelhões.

E ainda bem que ele chegou para todas as classes. Além da facilidade na comunicação que deve ser unânime. Ouviremos o trabalho de nossos artistas de preferência através do celular.

Ainda sou defensor e apaixonado pelo Cd. A sensação de ir até uma loja de discos e ficar ali por horas revirando as prateleiras atrás de um som novo. É viajante! Ou até mesmo que o pulo em uma dessas lojas seja exclusivamente dedicado à compra daquele álbum novo da sua banda favorita. É uma sensação única.

Ainda questiono sobre o futuro da indústria fonográfica. Qual será de fato seu rumo daqui algum tempo. Mas isso é conversa para uma outra oportunidade.

Só coloco aqui, que talvez o agora “celular” seja uma nova promessa nesse meio da música. A fórmula já foi testada e muito bem sucedida. Depois do Lp, K7 e Cd. Chega até nós o celular. Mas não só para dizermos “alô, quem ta falando?” e sim para ouvirmos alguma obra musical de nosso gosto. Acho que podemos ir acostumando a ver na telinha os apresentadores anunciarem e entregarem aos músicos celulares de ouro, platina, diamante e por aí vai.

Na foto o tecladista do SKANK Henrique Portugal segurando o quadro que representa o primeiro CELULAR DE OURO do Brasil. Pela venda de mais de 70.000 celulares que carregavam o álbum Carrossel lançado em 2006.

Vanildo (Marley)



foto do blog da banda. Para conferir mais detalhes acesse: www.skank.com.br

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