segunda-feira, 28 de julho de 2008


Os cabelos escuros de Vinetree confundem-se com as raízes de uma enorme árvore de tronco grosso e folhas largas. Eles se entrelaçam, tornam-se o mesmo algo, que nasce do solo e mama nos raios do Sol. O seu corpo, nu, pálido e cheio de pintas amarelas, deitado sobre a natureza, aos poucos toma forma de terra e grama, o colo que lhe sustenta. Caem em seus olhos orvalhos, fazendo-os fecharem-se lentamente, como mãos. Mãos finas, transparentes, que cantam em gestos uma canção celta para que durmam estes olhos que elas fecham.
As pratas que pertencem a Vinetree estão enterradas no gramado úmido onde deitara o seu corpo e junto a elas nascem alecrins contornando a enorme árvore de tronco grosso e folhas largas.

Nietzsche Cywisnki

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