segunda-feira, 28 de julho de 2008

A cidadezinha do rock!

Nessa segunda postagem sobre o encontro de motociclistas das “Arterosa” comentarei algumas coisas que aconteceram no último dia de evento (27/07) do corrente ano.

Só para registrar os direitos autorais da idéia, pretendia fazer um documentário da festa, mas por motivos profissionais e contratuais não foi possível fazer o registro que queria. Seria um lance inspirado no dvd do Barão Vermelho gravado no rock in rio de 1985 e lançado ano passado. Mas, adianto aqui, que no ano que vêm não medirei esforços para realizar esse trabalho na cidadezinha do rock ou no rock in rio alterosa. Como preferir.

Pronto, idéia já registrada. É hora então de contar o que registrei por lá no dia em que foi possível ir.

Domingo, 27 de julho de 2008. Em torno das 15h00 dou partida rumo à praça da igreja Matriz onde fica a maior concentração de tribos do acontecimento. Mas um pouco antes de lá, nas proximidades da rodoviária já era possível perceber o carnaval em ritmo de rock com o desfile dos motociclistas e também motoqueiros (há diferença).

Mas, ao contrario dos anos anteriores, nesse ano não havia uma concentração grande de motocicletas arrojadas. Primeiro tive essa impressão, depois confirmei com algumas pessoas que curtiram todos os dias do evento. Aí, sem as máquinas de duas ou três rodas que tanto queria para tirar fotos aqui para o blog, me restou fazer algumas observações.

A banda SETE GALO ( “cócórócócó”) mandava no palco um rock´n´roll caprichadíssimo. Covers de The Doors e tudo mais. Porém, eram os clássicos, dos clássicos, dos clássicos, aqueles que até Adão e Eva sabem é que faziam à alegria do “povão” - acho que posso chamar assim.

Clássicos, como Hotel California (Eagles), Satisfaction ( Stones), I want to break free (Queen) e lógico que ela não poderia faltar, Sweet Child o' mine (Gun´s) confesso que, apesar da animação de quase todos ali, meus tímpanos brocharam. É como se a seleção brasileira até hoje convocasse o Pelé, e dependesse dele ainda pra fazer gols. E evento no interior não tem jeito, para animar parece que o Guns é só essa música. O doce já azedou, pelo menos para mim. Mas olhando pelo lado otimista e com menor individualidade, fiquei feliz por ver tantas pessoas dançando e tentando cantar uma música que não fosse essas de domingo legal e super pop.

Agora, o consumo de cigarro também foi qualquer coisa de incendiar. Para cada acorde de um desses clássicos, no mínimo umas 3 tragadas. Era fumaça que não tinha fim. Pior do que a fumaça estragando os pulmões de gente como eu que detesta cigarro, foi à brasa de uns 3 ou 4 que me sapecaram. Por sorte minha calça não teve perca total. Nada que um remendo não dê jeito.

Queria ter fotografado as barracas dos ambulantes, mas preferi guardar para o ano que vem. Não posso deixar de falar aqui das calcinhas que estavam lá para serem comercializadas. É cada uma que me inventam. Tinha calcinha da Yamaha, Honda e ,se procurasse direito, até da Volkswagen com a brasília amarela dos mamonas perigava ter. Aí a imaginação por um instante ficou fértil, e já que o evento respirava rock, imaginei a Pitty e a Avril Lavigne (embora essa última ainda deixe dúvidas de seu estilo... mas foram as que iluminaram minhas fantasias naquele momento)com aqueles pedacinhos de pano escrito yamaha e honda. E como o evento era destinado ao rock e não ao forró, tinha calcinha vermelha , rosa, verde,"azule" , branca e até descolorida, mas nenhuma calcinha preta . E deve ser por essas pecinhas íntimas femininas que as barracas ficam armadas três dias de evento sem cair.

Mas uma vez ressalto a iniciativa dos organizadores do evento. Mas uma vez porque em 2006 quando ainda trabahava na Onda Sul fiz rasgados elogios aos organizadores e idealizadores. Mesmo que não tenha sido o esperado por mim e pela maioria das pessoas que conversei de varias partes de região e de algumas localidades de São Paulo e até do Paraná, não deixou de ser uma opção diferenciada.

Convenhamos, não é todo dia que se encontra em uma cidade do interior de um estado onde a música sertaneja e as festas de peão são predominantes e que depois se deliciam no axé e vão até o chão com o funk uma festa que por um final de semana todo tem como principal ritmo “esse tal de rock´n´roll”.

Que o encontro de motociclistas de Alterosa, depois da derrapada desse ano, consiga a partir do ano que vem voltar novamente
a saltar bem alto.

Vanildo (Marley)



Um comentário:

Albano disse...

Os amantes do rock agradecem pelo reportagem!!!!rsrsrsrsrsrsrs...mo legal mesmu cara uma cidade d inrerior fazer um evento q foge do sertanejo cara, é como sair da vida rotineira nem q seja por um momento e curtir algo q nã é duradouro mas deixa lembranças!