quarta-feira, 23 de julho de 2008

Como tudo começou

Em algum dia de agosto de 2007, mais pro final, Vanildo viu na tv uma pequena reportagem a respeito de dois caras (que não lembra o nome) que foram os inventores da placa de computador e fizeram com que essa invenção que os tais tivessem tamanhos como tem hoje. No caso, eles estavam recebendo o prêmio Nobel de alguma coisa. E aquilo chamou a atenção de Vanildo que pensou o quanto esses cidadãos seriam idolatrados se isso tivesse sido em séculos passados.

O dinamismo em que o mundo se encontra, a falta de valorização dos profissionais, dos artistas e tudo mais, fez com que tivéssemos a idéia de fazer esse blog. Uma tentativa guardada às inúmeras e infinitas proporções, é claro, de reviver momentos como o do rock nacional nos anos 80, o da bossa nova 50 e 60, tropicália 60 e clube da esquina 60 e 70.

O que queremos na verdade, é valorizar e curtir as belas obras existentes. É curtir as cenas alternativas espalhadas e infelizmente não divulgadas. E lógico, sem muito sensacionalismo estarmos atentos às realidades do planeta, mas de uma forma menos maçante que os meios de comunicação fazem dos dias atuais. E também rabiscar nosso lado literário.

A intenção é fazer desse espaço, um lugar de tribos, democrático e com muitas idéias de até certa forma malucas para todos pensarem, discutirem e chagarem a algum tipo de opinião. Por isso o nome Mistureba Hibrida. Que foi inspirado no trabalho do Dj Paco Picalle que você saberá mais logo a baixo.


O termo “Mistureba Híbrida” é de autoria do DJ Paco Pigalle. Pra quem não conhece, Paco Pigalle é um DJ que percorre o planeta em busca de sons e ritmos diferentes do que a mídia nos impõe. As novidades que o DJ nômade traz a cada volta ao mundo podem ser conferidas em seu bar, que já funcionou em diversos endereços de BH. O fato é que a definição que o DJ Paco Pigalle dava para o som que ele toca é: “Mistureba Híbrida”. Quem quiser conferir mais detalhes sobre o DJ Nômade e a “Mistureba Híbrida” do seu som pode acessar http://www.pacopigalle.com.br/ . Tem matérias de jornal com o DJ, à programação do Bar Paco Pigalle, além de dar pra conferir algumas músicas pescadas por ele em algum lugar do mundo.


Bem vindo à nossa Mistureba Hibrida.

2 comentários:

Fabrício Bueno disse...

Erudição...
Pergunto-me, sem reservas, do que adianta, pra onde leva, o que acrescenta, a quem impressiona, o que muda?
Ora bolas!! O que é erudição??
Conhecer literatura, cinema, filosofia, música? Penso: pobre pretensão, caso seja isso; eu que sempre respeitei os eruditos. Sempre tive neles a esperança de um mundo diferente, mas vejam...
Erudição é isso? Conhecer? Ainda que conhecessem alguma coisa! Donos de uma realidade que pensam possuir.
O que diria Nietzshe para alguém que o taxasse de erudito? Ou melhor, o que faria Nietzsche com os valores que tentam construir divulgando seus pensamentos como eruditos? Logo ele, um pensador que pregou a reconstruão de valores baseado naquilo que o homem tinha de natural. Talvez a erudição seja inerente a todos os seres humanos. Impressiono-me como grandes filósofos, como Jaspers, Sartre, Deleuze, só como exemplificação, mudaram o mundo com suas visões críticas acerca de tantas coisas. A filosofia deixou de ser idealista, a ciência tornou-se inútil, a psicologia foi revolucionada...
Os críticos de música, então... Comporam belíssimas canções! Os críticos literários ou de arte, de uma forma geral, nem se fala. Imagino que se sentem felicíssímos com uma crítica bem feita. Sentem-se como se eles fossem os verdadeiros artistas. Mas a arte, é claro, segue aquilo que eles pregam. Da Vinci, por exemplo, pintou Monaliza para os críticos, não para a arte. Dostoiévsky, coitado, preocupou-se a vida toda em ser aceito por um público de críticos eruditos e...
Erudição...coisa pra pretensiosos... Durkhein, por exemplo... Um sociólogo que viu de seu gabinete, com seus exemplares de Darwin, Rousseau, Marx, entre outros, uma sociedade... Talvez por isso seja tão difícil entender algo tão esttico como a sua teoria da consciência coletiva.
Eu que um dia... Deixa pra lá. A quem interessa minha história a não ser a mim? Sejamos mais pragmáticos e vamos ao que, de fato interessa. Aonde quero chegar com essas idéias jogadas que mais parecem reflexões de um jornalista falando de psicanálise (ainda bem que estão mortos Freud e Lacan... eles ficariam certamente chateados com o que falam deles na mídia) da obra da teoria psicanalítica ou um psicanalista sobre mecânica quântica??
Bem! Admiro todo e qualquer esforço em tentar levar através do viés midiático conteúdos mais inteligentes, críticos e construtivos. A mídia, bebendo nas fontes do pensamento teórico de Moscovici, cosntitui-se, talvez, no principal orientador da formação de "representações sociais" na sociedade contemporânea. Sem dúvida, uma mídia inteligente - não apenas erudita e talvez aqui eu conclua meu raciocínio - é de fundamental importância para que possamos constribuir de alguma forma uma sociedade mais consciente de sua real condição.
As representações sociais, os conceitos que compartilhamos socialmente sobre as coisas, são construídos através da interação social antes de qualquer coisa, devendo, portanto, fazer parte do esquema social, e não pretender se posicionar fora dele. Em ouitras palavras, não se pode pretender contribuir de alguma maneira para uma mudança social, seja ela qual for, falando algo que não seja dela ou falando de maneira diferente dela. Que este blog possa ser muito mais um veículo positivo de dinamização do conhecimento com trocas de idéias acerca de conteúdos inteligentes, do que uma mera divulgação dos conhecimentos daqueles que os administram. Parabéns pela inciativa aos integrantes. Abraços e boa sorte!

MOITA disse...

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Que esse blog flua suavemente com o decorrer do tempo,e que assim como os idealizadores possa mostrar um pouco de extraterreste em cada ser humano.
GOOD LUCK