sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A Cura

Tempos atrás vi um documentário que abordava a física quântica por uma ótica existencialista e de uma forma simples, o que é uma beleza para os leigos (como eu...).
Uma parte que me chamou a atenção foi a em que vários cientistas do mundo todo dizem que as pessoas (a maioria delas) são viciadas em emoções, e esse vício é como o vício causado pelas drogas (não são nossas emoções, afinal, resultados de reações químicas que acontecem no nosso cérebro?). Uma pessoa viciada nos sentimentos causados pela paixão, por exemplo, precisará constantemente sentir aquele friozinho na barriga, aquele nervosismo, aquele desejo. Procurará estar sempre se apaixonando, porque necessita desse sentimento, estará viciada nele (e esse vício não é algo consciente). Do mesmo modo, uma pessoa 'viciada' na tristeza fará de qualquer pequena coisa que aconteça um motivo para se entristecer. Procurará o tempo todo algum motivo qualquer para justificar sua tristeza.

Pode parecer loucura, mas essa teoria faz algum sentido.... os remédios mais vendidos no mundo são os que prometem ''curar'' a tristeza, a ansiedade, o nervosismo(Anti-depressivos, ansiolíticos e barbitúricos em geral) . A cura está em nós(pode ser um chavão dizer isso, mas realmente penso assim), não em comprimidos prescritos por um médico. A única dor que os medicamentos podem fazer passar, é a dor física. Não existe um analgésico para curar o sofrimento causado pela tristeza, pela melancolia. E se isso for verdade, quero me ''viciar'' só em emoções e sentimentos bons, agradáveis e simples.


Lucil Jr.

Drácula ou Peter Pan? Não, é Jackson

É, chegamos ao derradeiro suspiro de mais um mês, o tal do cachorro louco, do desgosto e de todos esses clichês. Muita coisa aconteceu neste entremeio: Os Jogos Olímpicos na China, mais um conflito armado, encabeçado desta vez pela Rússia e pela Geórgia, a confirmação de Obama como representante Democrata nas eleições presidenciais dos EUA... No entanto, não escrevo para fazer uma retrospectiva de Agosto, e nem sei por que me demorei tanto nesse prólogo. Como tempo é informação, e esta é uma das forças motriz da atualidade, deixarei de delongas e entrarei no meu breve discurso. Acompanhe, pois!

Ao caro Vanildo Marley, desculpe-me, mas desta vez serei eu a escrever sobre mais um cinqüentenário: Michael Jackson! Sim, como foi amplamente noticiado por todas as mídias hoje, 29 de agosto comemora-se o aniversário de um dos maiores paradigmas da música pop mundial. Todos, ou melhor, muita gente, já o ouviu e senão, ao menos deve ter acompanhado os inúmeros mitos que acompanham a sua figura. Atualmente, aliás, ele figura com mais freqüência nas páginas de fofocas sobre celebridades do que nos cadernos de Cultura e Música. Ok, mas não estou aqui para falar sobre a biografia dele (para isto basta acessar deus, ou Google se preferir). E sim prestar uma singela homenagem através da lembrança dos ‘seus anos’.

Pode-se discutir inúmeros traços da personalidade de Michael, e até dizer que ele é um louco, pedófilo, uma aberração física e etc. Pessoalmente eu até concordo com determinadas atribuições feitas a ele. Mas nada disso, absolutamente nada mesmo, macula o seu histórico como artista, como criador (não apenas musicalmente, a influencia que ele exerce em outros campos como a dança contemporânea é relevante e deve ser ressaltada). O que importa, de fato, é que ele já está no roll da fama ao lado de outros grandes nomes fundamentais na criação da música pop americana, como James Brown e Prince.

Bom, pra finalizar Jackson é acima de tudo uma ‘persona’, interpreta uma personagem de si mesmo. A um veículo de comunicação norte americano ele disse que, nesta data querida, se sente “muito sábio, mas ao mesmo tempo muito jovem". Um misto de Conde Drácula e Peter Pan? Talvez, embora se tratando do “Rei do Pop” (não gosto de titulações como essa, mas...), eu não tenha competência alguma para afirmar absolutamente nada... Em suma, parabéns Michael! E que muitos outros sucessos e inovações artísticas venham à luz, para a nossa satisfação, é claro.

Jean Carllo


domingo, 24 de agosto de 2008

Fotografei o seu sorriso

Há tempos não nos encontrávamos tão perto. Entrei e ele vinha pelo estreito corredor. Não poderíamos passar juntos sem ter um contato físico. Como havia um espaço onde podia encostar e dar passagem, assim eu fiz. Ele, por educação ou outro motivo qualquer, sorriu amenamente e me ofereceu caminho. Aquele sorriso doce jogou todas as minhas defesas no chão. Naquele instante meus braços queriam senti-lo como a muito não faziam e como sempre desejavam e as palavras queriam sair e contar o que pra mim nunca passou. Todas essas vontades se misturaram, trazendo uma intensa euforia e o açúcar daquele sorriso perturbou meus pensamentos por algum tempo.

O que dizia aquele sorriso? Respeito por uma relação que terminou e, pelo menos para mim, nunca ficou claro o motivo? Será que naquela doçura havia algum vestígio de sentimento que nele ainda vive? Ou apenas um ato célebre de cavalheiro?

A vontade de ter respostas mais uma vez atormentou meu remendado coração. Não era a primeira vez que eu recebia esse sorriso depois que nosso tempo passou. Minha alma acelerava, movida pelo jato de alegria que a fez recordar bons momentos. Minutos depois, ela se acalmou. Mais uma vez me revesti de fraqueza e recolhi todas as armas que aquele ingênuo sorriso havia jogado no chão.

Janaina Takai


sábado, 23 de agosto de 2008

Um rabisco sem título

A intenção era fazer um texto, mas depois optei por um poema. Acabei não fazendo nenhum nem outro. Acho que está mais para um poema de um poeta frustrado, mas pode se considerar também um texto de um escritor desfigurado.

Enfim, leia e tire essa dúvida cruel que marcará a história da literatura universal.

Dúvida que também me sufocou na hora de colocar um título. E para não maltratar meu sistema pensante (que não é lá essas coisas) resolvi deixar sem.

E tanta indecisão, gerou os rabiscos abaixo.




"O café da tarde vem acompanhado de um vento frio que entra pela janela do meu quarto
O sábado começa a terminar com a chegada da noite que sopra meus braços
Os meus sentidos não sentem
Os meus ouvidos cantam e distribuem estilhaços

Meu café da tarde gela ao me esperar
Meu sábado inicia mais uma noite para os olhares
Minhas idéias loucas não idealizam nada
E minhas mãos paralisam cultos singulares

E o café está quase no fim
Aos poucos abandona a xícara que chora a despedida
E o café acabou e também abandonou meu paladar
Que agora busca o sabor de um beijo para não matar sua vida".




Ao “camarada” Lucil Jr. companheiro de classe, músicas esquisitas e de blog, minha singela homenagem pelo seu aniversário (23/08), mesma data em que Paula Toller (Vocalista Kid Abelha) contempla 46 anos.

Vanildo (Marley)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Antes tarde do que nunca

Estava navegando nas correntezas, um tanto quanto tranqüilas, desse estranho e vasto oceano ciber. Quando me deparei com a história de um pintor estadunidense contemporâneo de nome Jean Michel Basquiat. Eu que até o momento cria ter um repertório decente em artes plásticas me surpreendi com o fato de desconhecê-lo completamente (!), nunca havia lido ou ouvido algo sobre ele... Mais um artista que não fora reconhecido em vida, como tantos outros? Conjecturei. Mas não, Jean Michel teve sim um grande reconhecimento em vida como comprovam as inúmeras exposições em galerias e capas de revista relevantes internacionalmente. Talvez tenha sido ofuscado pelo ‘gênio’ Andy Warhol – de quem se tornou amigo –, e caído, por fim, no ostracismo típico de uma geração que tem pouca ou quase nenhuma memória? Pois bem, indagações que procuram em vão justificar a minha ignorância!


Monalisa?!


Abro um parêntese aqui, portanto, para salientar um pouco da biografia de Basquiat. Nascido em 22 de dezembro de 1960, no Brooklyn (NY) era filho de mãe porto-riquenha e pai haitiano. Por volta dos 17 anos começou, juntamente com um amigo, a grafitar em prédios de Manhattan, e o teor das mensagens começou a chamar atenção das pessoas... Em 1978, um ano depois de “debutar” no grafite, Jean Michel saiu de casa e da escola, mudou-se para a cidade onde começou a trabalhar nas ruas vendendo camisetas e postais para sobreviver. Já no início da década de 80 ele ascende ao status de artista, ganhando notoriedade internacional. Os anos que se seguem são de inúmeras exposições e capas de revistas como a The New York Times. Entretanto, em meio a todo este sucesso – pouco comum, aliás, nas artes plásticas que têm por hábito cultuar os mortos –, Basquiet se torna um paranóico viciado em drogas. Data mais ou menos desse período o namoro dele com a então anônima, parafraseando Vanildo Marley, "mandona Madonna". Enfim, como pôde ser intuído a partir do primeiro parágrafo ele está morto, e há muito tempo. Morreu em 1988, vítima de overdose aos 27 anos e horas depois de ter um quadro arrematado por 300 mil dólares...

Mais uma vez fico consciente de que “só sei que nada sei” tal qual o velho Sócrates (apesar de ser este um axioma falacioso, ou seja, se afirmo ‘só sei que nada sei’, significa, afinal, que sei algo: o nada!) Delírios à parte, é válido conhecer um pouco mais sobre a trajetória desse artista “que saiu do meio das ruas para se alojar dentro de galerias e museus de Nova Iorque”. Como se diz popularmente, antes tarde do que nunca.

Mais sobre Jean Basquiat em “O deus negro do grafite da era yuppie”


Jean Carllo

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O Velho Safado

Ele não ia com a cara dos beatniks. Ele não gostava de autor nenhum(O único escritor do mundo que valia algo pra ele era o John Fante). Não curtia trabalho também.Nem de pessoas ele gostava.Tudo o que queria era beber, fazer sexo e escrever - e ele fez tudo isso – em excesso.

Seu nome: Charles Bukowski.

Autor de seis romances, alguns contos e mais de trinta livros de poesia (mostrava-se machista, bizarro e insensível em seus contos e romances - que chegam a ser quase pulp fictions: Buk escreveu sempre utilizando uma linguagem simples e direta - tinha um lado romântico e protetor que vinha à tona em seus poemas), foi considerado, irônicamente, um grande escritor da contra-cultura, rótulo que também detestava.
O personagem principal de seus livros sempre é o seu alter-ego: Henry Chinaski. Um cara que subverte o american way of life até as últimas consequências, está sempre duro e bêbado, pega qualquer mulher, topa qualquer aposta e não tem sequer onde morar.
Vários filmes já foram feitos tendo como inspiração sua obra e sua vida. Morreu no dia nove de Março de 1994, de leucemia. Foi um dos últimos escritores ''malditos'' do mundo, juntamente com Allen Ginsberg E William Seward Burroughs. No youtube há vários videos interessantes do homem recitando poemas, dando entrevistas e brigando (!) com sua ''noiva'' num programa de tv ao vivo.

Um escritor sem influências, sem rótulos e sem-vergonha. Mas com muito estilo.
Lucil Jr.

Várias frases famosas sobre álcoollismo, mulheres e a vida surgiram em livros e contos do
velho safado. Talvez a mais famosa seja: Se estou triste, bebo para afogar as mágoas. Se
estou alegre, bebo para comemorar!

Para Não Dizer Que Não Falei dos “Cinqüentinha” da Madonna

Devido a compromissos profissionais em todo final de semana, não foi possível postar, obdecendo as normas do blog e também respeitando você leitor.

Peço desculpa e já agradeço a compreensão. E faço nesse post uma “humirde” homenagem à considerada estrela maior da música pop.

Abraço e uma semana chapadona!
Vanildo (Marley)


Inicio aqui mais uma sessão cinqüentona. Estou me especializando nas coroonas. Só que musicalmente falando e não fisicamente, sentimentalmente ou financeiramente, como se pensa quando se fala em coroas de cinqüenta aninhos.

Confesso que já pensei nessa possibilidade, mas logo mudei de idéia. Pensei bem, e cheguei à conclusão que mulheres nessa idade, não são novas e nem velhas. Não são novas perante a vaidade da idade e não são velhas vendo pelo lado da herança. Sendo assim, melhor uma de setenta ou oitenta, porque aí ao menos a segunda opção fica mais próxima.

Mas deixando a sacaneação de lado, vou ao que interessa.

A cinqüentona desta vez é resumidamente a maior estrela pop da face terrestre. Madonna Louise Veronica Ciccone (agora ela também assina, Ritchie), veio ao mundo em 16 de agosto de 1958 e fez dele um berço centralizado na atitude.

Não quero entrar em detalhes históricos da cantora. Disponibilizarei o link do wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Madonna) e tudo fica resolvido quanto a isso.

Quero é jogar algumas palavras sobre o que ela fez e faz.

Fez muito mais do que posso citar aqui.

Fez sempre o óbvio perder sua identidade. Atropelou a mesmice e jamais se acomodou com o luxo artístico que lhe é permitido; se atualiza como caixa de banco. Você sabe que tem dinheiro, mas nunca sabe a nota que vem de troco.

Faz o assassinato do momentâneo. Quantas cantoras ensaiaram e ensaiam fazer sucesso na mesma sala de Madonna, e já se mandaram para o anonimato? Vixe, não perde tempo fazendo essa conta não, vai através disso, descobrir o infinito. Continue lendo o texto.

Uns a detestam, outros a idolatram. Digna de uma personalidade feroz, com ela não existe meio termo. Ou a ame, ou a odeie. Eu? I love Madonna!
Já até ouvi dizer que quem não gosta dessa fulana bom sujeito não é. Até pode não ser uma má pessoa, mas, por via das dúvidas, é bom procurar um médico para ver como estão funcionando os miolinhos.

É de se respeitar a musicalidade de cada um. E você pode muito bem ter o direito de não gostar do som da rainha do pop.

Mas o inegável, é que, ousadia, seja em qualquer sentido, caminhou com a dona aí nos trilhos de sua “vidinha” e carreira. Ousadia, tanto em termos musicais, quanto em suas performances nos shows.

Única, para o bem ou para o mal. Afinada ou não, vulgar ou sedutora, mulher de atitude ou de barracos. Faça a sua escolha. E preze sua opinião sobre a tal.

A minha se resume assim:

Inigualável!

Uma cinqüentona mandona.

Sempre Madonna!