domingo, 12 de outubro de 2008

ALIANÇA DE COMPROMISSO


Com um pouco mais de duas décadas de vida já observei as mulheres de várias maneiras. Quando criança eu lembro que as grandonas e de rosto lisinho me chamavam muito à atenção (agora não sei se elas eram grandes mesmo ou se eu era pequenino de mais), mas o fato é que pareciam imensas. E na minha mente infantil futurística me via passeando na praça de mãos dadas com aquelas moças de cabelos longos e de sorrisos marcantes.

Fase de balão mágico superada começa a era da famosa imaginação fértil que domina a mulecada de 10, 11, 12 até incertos anos antes de chegar aos 20. Aí depende da excitação de cada um. Nessa brincadeira acaba sobrando até para as mãos e os dedinhos (entendeu onde quis chegar né?) que prestam ali um auxilio a necessidade de jogar um pouco para fora o tezão que se sente por uma mulher de beleza física desejável. A popular gostosona.

Na minha fase de espinhas na cara as que enlouqueciam eram Carla Peres (uma espécie de Gretchen dos anos 90), Sheila Carvalho (acho que substituiu a altura Rita Cadilac), e diretamente de um programa de tv vieram as inesquecíveis para os hormônios dos adolescentes daquela época Feiticeira e Tiazinha. A primeira se escondia atrás de um véu, mas pouco importava o rosto, importante era ver o “resto”, e que “resto”! A segunda fez com certeza muitas mãozinhas ficarem com calos e os banheiros eram visitadíssimos pelos adolescentes pertencentes naquela geração.

E no embalo desta “coceira tezônica” os meninos além das estrelas boazudas, se mordiam de desejo pelas garotas que eram de seus convívios. Por duas obvias questões: uma que estavam ali bem perto. Poderiam até em ato ousado passar a mão em alguma delas, e outra, já que não teriam mesmo oportunidade nenhuma com as ilustres gostosas, o jeito era “contentar” com as coleguinhas e demais garotas ou mulheres não famosas. Porém, boas.

Mas essa fantasia, que na verdade é taradisse se estende nos homens por tempo indeterminado de vida. Dizem que é instinto masculino, traduzindo: é sem vergonhisse mesmo. E dificilmente se encontra um cara que não repara, deseja e têm alucinações com alguma mulher, principalmente àquelas sedutoras, que deixam as cuecas mais esticadas, aquelas que tiram o sono e tiram o sossego do piriquitinho.

Agora, surpreendentemente venho observando algo que jamais imaginei que fosse acontecer. Não todos, até longe de ser maioria, mas o fato é que um número considerado de safados, digo homens, não olha primeiro o corpo de uma mulher. Claro que tem o lance da homossexualidade, mas aí é uma outra “questã” que não vem ao caso.

O que estou querendo pontuar, é que ando observando na homarada, um cuidado com essa moda da aliança de compromisso, a turma de “bundólogos” e “peitólogos” não vai mais de cara dura nos peitos ou nas bundas da mulherada. Eles primeiro dão uma olhadinha bem disfarçada na mão direita e tentam enxergar por lá um anelzinho de prata, bem chamativo no dedo anelar. Feito isso, se a danada da rodelinha tiver presente na área, quero dizer, no dedo da moça, a olhada no restante do corpo é mais discreta, ou às vezes nem rola (existe respeito ainda nesse mundo), mas se não, aí “o bicho pega” e dependendo até come. Mas aí é outro assunto.

E não é que entrei nessa onda também? E já faz um bom tempo. É automático, vem uma garota, ela vai se aproximando e quando está perto, meus olhos já estão lá... Lá na mão, é claro. Acontece muito nas lojas, onde grande parte das atendentes é um espetáculo estético. Mas o pescocinho insiste em virar e direcionar os olhos para detectar ali um possível comprometimento da cidadã.

Sempre achei essa coisa de aliança de compromisso uma bobeira. Coisa de casal que gosta de aparecer. Para mim a verdadeira aliança em um relacionamento está na cabeça e não em um objeto que você pode tirá-lo e esconder para uma possível troca de saliva e de óleo extra. Só que analisando nesse ponto, a aliança de compromisso tem até um papel importante na vida de um casal de namorados. Principalmente para os homens. Pois garante às vezes, a não investida de marmanjos a procura de uma gostosona. Mas não pense você que é sempre assim. Aliança de compromisso de verdade está na mente, essa é difícil de ser tirada, agora a que está no dedinho anelar da mão direita, essa toma rumo fácil, muito fácil. Qualquer bolsinho a esconde. Prova disso é que até a dourada da mão esquerda some “sem querer”.
Vanildo Marley
Além do texto postado, não poderia deixar te passar um pouco da minha empolgação. Ouvi nesta semana o 10º Cd do Skank (Estandarte), tal, que é a banda que venho acompanhando desde 1996 (não sou velho, é que comecei a acompanhar cedo) e é a minha banda comercial favorita. Talvez por tudo que ouvi e agora concluí de vez. O Skank tem lado A e lado B(excelente!). E entre a galera que toca em rádio é a que mais ousa ou a única. Já adianto aqui que Sutilmente parceria de Samuel Rosa com Nando Reis, vai ser o HIT do Cd, vai tocar "Insutilmente". Mas neste dia 12 de outubro minhas bençãos vão para Escravo e Saturação ambas de Samuca e Chico Amaral. Grande abraço e agora vou para minha semana do saco cheio para esvaziar o meu, merecidamente!!

2 comentários:

Lúh Carnevalli disse...

Só o Van mesmo para falar assim de uma maneira tão impolgante sobre alinaça de compromisso. Adorei o modo como colocou seu passado e talvez presente para dizer sobre a importância ou bobeira da aliança. Bom, eu uso uma! Acho que ela representa de uma forma carinhosa o comprometimento com alguém que você gosta, também concordo quando fala que a aliança é uma forma de dizer para os marmanjos mas também para as "mulherzinhas" que está com alguém, e isso ajuda muitas vezes certas olhadas ou desejos.
Bom, está aí meu comentário e quero que saiba que gostei bastante!
Beijos Luciane Carnevalli

Unknown disse...

....ameeeeiii...também acho que a verdadeira aliança está na mente.Não tenho nenhuma no dedo mas se tivesse seria mero enfeite.O sentimento é o laço que une as pessoas e acredito que quando há amor há fidelidade e respeito independente de aliança.
Parabéns pelo texto...
bjusss...Re_docinho