De Volta ao Mistureba!
Mais de 3 meses sem rabiscar por aqui. Pelas minhas contas, quase 100 dias que não posto nada neste blog. Tempo este que me custou um surto de desespero na hora de fazer o login, pois esqueci a senha e até onde deixei a bendita anotada. E como esquecer números é algo normalíssimo na minha vida, nem estressado fiquei como costumo ficar quando vou fazer algo e não dá certo. Quando isso é com números, eu dou é risada. Tamanha lerdeza que possuo com tal gênero. Pelo menos dessa vez tive sorte ao menos em chutar e conseguir acertar.
Vai ser algo meio pessoal, e não foi esta a proposta que criamos para o Mistureba. Mas só quero já justificar minha falta de criatividade nos últimos dias.
Não é crítica ou raiva. É simplesmente um momento onde não consigo entender os outros e muito menos a mim. Onde vejo que brigar por opinião é coisa para burro como eu, que nunca foi de ler muitos livros, principalmente livros que dizem ser aqueles que só inteligente lê. Mas se você ler um livro desse cabarito (cheio de conceito) e o entende, parabéns. Você tem “conceitos” e pode discutir. Se é como o humilde cidadão aqui. Esquece, você é jogado da conversa a ponta pés verbais. Porque nos livros, parece ter todas as razões do mundo. Então, opinião não é nada nessas condições.
Aprendi com o tempo esse lance de conviver com as pessoas, mesmo sendo filho único e tendo sobre mim o clichê de filho mimado. Minha mãe e meu pai sempre me “jogaram” para que isso não acontecesse. Desde 7 anos já me virava sozinho com almoço, lanche, janta também e o que fosse necessário para não ficar na colinha dos dois. E sempre me falavam e falam da importância de saber respeitar as pessoas. Sejam elas parecidas ou não comigo. E me ensinaram o quanto uma palavra pode fazer mal para uma pessoa. O quanto descontar a raiva nos outros para ficar bem, é uma coisa não agradável.
É aí que me pego em um quarto vazio, escuro, gelado e sem janela. Nos tempos atuais do meu cotidiano, talvez por “baixa alto estima” (ficou estranho), venho sentindo golpes dolorosos por isso. Quando comento algo, sempre levo cada cruzado na minha mente, que me dá vontade de largar tudo e ficar o resto da minha vida em uma biblioteca lendo todos os livros do mundo. Para ver se aprendo um pouco de conceitos teóricos. Pois ando percebendo que saber ou tentar ter um convívio estável e respeitar a opinião dos outros, é coisa para burrinho. E que teoria é sinal de inteligência. E que convivência não é nada. Você não precisa ter respeito, mas é necessário ter conceito.
Sendo assim, insisto na minha burrice. E digo aqui que respeito essa opinião de conceito, até porque é uma forma de se adquirir conhecimento. E eu tenho muita admiração para os adeptos desta forma de inteligência.
Mas, não adianta ler “trocentos” livros, e não ter a compreensão de entender os problemas que um colega passa em casa. Como aconteceu comigo. Se for para ofender as pessoas, chamá-las de incompetentes (interpretei desta forma), eu prefiro continuar sem teorias, sem conceitos e simplesmente ter a sensibilidade de dar o ombro para um amigo quando este estiver passando pelo que estou.
Termino com o verso da Marisa Monte na letra da canção Gentileza. E disponibilizo o link do clip e a letra completa, para que fique mais claro o que quis dizer.
“Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria”
Aqui o link do clip.
http://www.youtube.com/watch?v=VKnVAZHehV0
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de gentileza
Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o profeta
Vanildo Marley
sábado, 4 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário