domingo, 28 de setembro de 2008

O Caderno do verdadeiro Mago

Blogueiros do mundo todo sintam-se honrados, porque o Sr. José Saramago é o nosso mais ilustre “companheiro” de labor! Parece quase inacreditável, mas é um fato: o grande escritor português (pergunto-me às vezes qual a necessidade de explicitar a nacionalidade de um escritor, identificá-lo a partir, e tão somente de seu local de nascimento. Isso acaba se tornando uma fórmula reducionista, e outra, aqueles que são bons realmente transgridem esta idéia de identidade nacionalista), Prêmio Nobel de Literatura de 1998 lançou neste mês o seu “O Caderno do Saramago”. Segundo o próprio Saramago pretende-se com o blog publicar “comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice”.




Como vocês devem ter percebido sou um admirador de José Saramago, sobretudo por se tratar de um escritor de estilo, talvez o maior ainda em atividade. Gilles Deleuze definiu no seu abecedário estilo como sendo um “composto de duas coisas: a língua que falamos e escrevemos passa por um tratamento que é um tratamento artificial, voluntário. É um tratamento que mobiliza tudo: a vontade do autor, assim como seus desejos, suas necessidades, etc. A língua sofre um tratamento sintático original. Pode se fazer a língua gaguejar. Não estou falando de você mesmo gaguejar, mas de fazer a língua gaguejar. Ou fazer a língua balbuciar, o que não é a mesma coisa. É por isso que um grande estilista não é um conservador da sintaxe. É um criador de sintaxe. Eu mantenho a bela fórmula de Proust: ‘As obras-primas são sempre escritas em uma espécie de língua estrangeira’. Um estilista é alguém que cria em seu idioma uma língua estrangeira. Ao mesmo tempo que, sob o primeiro aspecto, a sintaxe passa por um tratamento deformador, contorcionista, mas necessário, que faz com que a língua na qual se escreve se torne uma língua estrangeira, sob o segundo aspecto, faz-se com que se leve toda a linguagem até um tipo de limite. É o limite que a separa da música. Produz-se uma espécie de música. Quando se conseguem essas duas coisas e se há necessidade para tal, é um estilo. Os grandes estilistas fazem isso. É verdade para todos: cavar uma língua estrangeira na própria língua e levar toda a linguagem a uma espécie de limite musical. Ter um estilo é isso.”

Concordo inteiramente com o conceito de estilo dado por Deleuze. E José Saramago, certamente se enquadra naquela definição, ele levou a literatura escrita em língua portuguesa a um limite que rompe com a noção lugar comum de bom escritor que a maioria de nós temos. Ler os seus romances é sem dúvida um exercício de estranhamento – o que em tempos de mesmices e mediocridade literária se torna um bálsamo. Enfim, recomendo aos que não conhecem a prosa estilística de Saramago o façam o quanto antes, e não deixem também de ler o blog, lá ele expõe uma de suas melhores facetas: o de intelectual atento e analítico aos acontecimentos contemporâneos (como pode ser lido no ótimo artigo intitulado “George Bush, ou a idade da mentira”), simplesmente imperdível. Quem sabe assim o ‘nosso’ Mago que se auto-intitula o intelectual mais importante do Brasil não aprende alguma coisa com um (Sara)mago verdadeiro?


Jean Carllo

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

NÃO É RECOMENDÁVEL VER AS FOTOS ABAIXO BEBUM


Veja sem ócul
os



Vai descendo...


só mais um pouquinho...




Desce bem devagarinho...

Agora multiplipe o número de bocas e olhos que você viu em todas as fotos, divida por 7 some por 5.876.586 e subtraia por 45.2145. Quero ver Oswald de Sousa fazer essa...



Essa é uma vigança aos que amam matemática.





Só lembrando que a foto postada não é minha.

Tentei descobrir o autor da montagem, mas foi em vão tal missão.

Seja lá de quem for, fica aqui o registro de que somente as "sábias" palavras são de minha autoria.



Até a próxima bobeira...

Fungadinha no cangote e um poquito de secanagem pra todos nós!!!

Vanildo Marley

Confesso que a postagem é algo espetacularmente TOSCO!!!




































segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Que Viagem!

Tenho mania de ficar horas na internet procurando por bandas obscuras,totalmente desconhecidas, que acabaram muito antes de eu nascer.
Ah, quantas descobertas, quantas surpresas!
Bem, numa dessas buscas, me deparei com esse álbum do Brainticket, lançado em 1971.
Pra quem é ligado em rótulos, é um prog/psychedelic/kraut rock muito louco!
O som feito por esses suíços te faz viajar por lugares desconhecidos da mente.
Literalmente, a música deixa a gente chapado!
Faça o seguinte: baixe o mp3 clicando na capa abaixo, deite num lugar confortável, feche os olhos e deixe a música te levar. Depois me diga pra onde foi.
Esse álbum já foi descrito em vários lugares como um dos mais viajados de todos os tempos. É como se as ondas sonoras levassem lsd para o seu cérebro!
Uma experiência única.
Aviso importante : se for ouvir isso depois de beber umas doses, daquele jeito, terá uma viagem maravilhosa!
Ok, talvez não ache nada demais, ache algo datado e chato. Mas funcionou comigo, especialmente as músicas Braiticket pt.I, Brainticket pt.I (Conclusion) e brainticket pt. II.
Bon voyage!


domingo, 14 de setembro de 2008

... E o tal do Mundo não se acabou


Na última quarta-feira (10), confesso que fui tomado por certa apreensão motivada pelo alvoroço mídiatico em torno do (mega, super, hiper e outros superlativos mais) acelerador de partículas. Normalmente, não me preocupo ou dou atenção para esse tipo de experimento científico, mas desta vez foram tantas as matérias de tv e dos portais de notícias que resolvi, de fato, acompanhar a paranóia vigente. Estava em curso o fim do mundo, anunciaram os profetas ordinários e extraordinários.

Fim do mundo?! Perguntei-me, aqui do interior das Minas. Sem dúvida não há idéia mais original... Quantas vezes profetizaram o aniquilamento da humanidade? Inúmeras. Entretanto, mesmo tendo o físico Stephen Hawking afirmado que não havia perigo e percebendo o quão estapafúrdia era toda esta teoria apocalíptica preferi ficar em alerta, até porque nunca se sabe, não é?

Enfim, o fato é que como todos sabemos o mundo não acabou, pelo menos não desta vez. Segundo consta existe uma profecia Maia que data para dezembro de 2012 o fim – adivinha do quê –, do mundo, é claro! É nestas horas que devemos nos lembrar de um velho samba composto por Assis Valente e gravado em 1938 pela Carmem Miranda:

E o mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar...
E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada...
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...
Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...
(...)
Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele
Mais de quinhentão...
Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou...
(...)
Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar...
Jean Carllo

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Barulhinho Bom

Dois amigos conversando sobre suas descobertas musicais:

- Cara,achei uma banda, chama ''Godspeedyou!Black Emperor'', que é demais!
- É? Não conheço. Qual o estilo?
- É um jazz-avantgarde-post rock-doom-drone-shoegaze-ambient. Muito boa mesmo!
- Legal. Eu também descobri uma banda muito boa, recentemente. Chama Manowar. Conhece?
- Ixe, não conheço essa. Que estilo é?
- É true-heavy-power-speed-epic-metal.
- Ah...não curto esse estilo.


Alamaailman Vasarat : Kosher Kebab Jazz


Hipérboles à parte, é assim que as pessoas conversam sobre música hoje. Pelo menos a grande maioria(é pleonasmo isso?Nunca sei ao certo...). Há milhares e milhares de rótulos e dentro desses rótulos mais milhares de sub-rótulos. E isso nunca acaba. Toda semana inventam algo novo para ''batizar'' uma banda. Alguns rótulos básicos, que serviam apenas para nortear quanto ao som/procedência da banda foram deturpados e viraram moda. Indie, por exemplo, nada mais é do que uma abraviação de independente. Ou seja, bandas sem gravadora, que fazem tudo na base da ideologia punk '77 ''do it yourself''. Mas isso foi deturpado e agora é apenas um rótulo usado para identificar bandinhas e músicos descolados e ''na moda''. Há também o emocore, abreviação de Emotional Hardcore, um sub-rótulo do hardcore usado para definir bandas que tinham uma pegada mais melódica e letras sobre relacionamentos, de cunho pessoal. Algo bem diferente da maioria das bandas de hardcore,que só queriam atacar o ''sistema''. Era apenas uma definição inocente. Agora, chamam essas bandas de Emo e...bem, você com certeza sabe bastante sobre o conceito generalizado de Emo.
The Strokes : Indie Rock

O que quero dizer, citando esses exemplos, é o seguinte: rótulos são desnecessários. Alguns podem até ser úteis, por fazer referência á musicalidade que nasceu numa certa época, num determinado lugar, como o samba,o jazz,o blues e o rock. Mas com tantos rótulos por aí, a impressão que tenho é que a música é só uma mercadoria - ''O que vai hoje? Um progressive power metal ou um Kosher Kebab Jazz?'' - e muitas pessoas deixam de ouvir uma banda ou músico que poderiam gostar, só porque o rótulo não os agrada.

Na minha opinião, há só dois estilos de música; dois rótulos : Música Boa e Música Ruim. E essa definição é completamente particular. Varia de pessoa para pessoa. Simples: há a boa e a ruim. Eu ouço a música boa. O barulhinho bom.


Evergrey : Progressive Power Metal

Lucil Jr.

domingo, 7 de setembro de 2008

Você sabe fazer amiguinhos?



Vamos partir para futilidade! É um mal necessário observando que de 1000 pessoas as 1000 tem orkut! A bela e querida página de relacionamentos une pessoas pelo laço cibernético desde 2004 e até hoje as “cibermulas” não aprenderam como se faz” amiguinhos” pelo orkut.
Eu sou orkuteira assumida! Adoro bater altos papos pelas páginas de recados, scrap pra lá scrap pra cá, um luxo!

- E aí como foi à sexta? Muitas 9dades? Bom fimd p’rocê!!!!!! BjãoOooOO
Só conversa produtiva, aquele papo cabeça.

Então faz –se o login e lá se encontra uma solicitação de novos amigos. Ohhhh!!!!! Um novo amiguinho! E os olhos até brilham de tanta emoção. Mais uma pessoa para mandar recado em noites de insônia.
Quando passa a emoção você começa a analisar o seu novo amiguinho. Primeiro olha a foto. Você se esforça para reconhecer o ser ali na sua página, mas não consegue. Bem, pode ser uma foto antiga, daquelas bem horrorosas que só o dono acha uma lindura, orkut a gente encontra cada coisa. Então começa a próxima observação: O nome! Wander da Conceição. Nunca viu mais esquisito. A parte boa é que é um nome e não um monte de desenhos ou uma frase e coisas do tipo. Tudo bem, ainda tem a ultima opção. Vocês podem ter se falado uma vez na balada, ou na facul, quem sabe atravessando a faixa de pedestre ou podem ter pedido um real emprestado um para o outro. Vai saber, as possibilidades são muitas. Até porque a realidade não é tão diferente do “cibermundo”, tudo pode acontecer!

Voltando a última possibilidade de reconhecimento: a queridinha página de recados. Ali deve estar apresentado a motivo de tal solicitação. Nem que seja uma daquelas cantadas do tipo:
- Oi seu pai é médico?
Réplica:
- Não, por quê?
Treplica:
- Ah, pensei que fosse. Que saúde heim!
Assim, mesmo sem conhecer a pessoa, se faz um “cibercontato” e se o papo melhorar pode sair ate um “ciberamigo”. Ainda com esperanças você abre sua página e quando olha... 5.230! Ou seja, nenhum recado a mais do que a última vez que passou por lá.

Então eu me pergunto:
- Será que esse “ciberser” faz parte da comunidade “Tímido até no orkut”?
- Será que esse “ciberser” não sabe como MANDAR UM SCRAP?
- SERÁ QUE ESSE “CIBERSER” NÃO SABE ESCREVER!!!!!!!!!!!?

Como dizem por aí, isso nem Freud explica, até porque se perguntassem para Freud como fazer para mandar um scrap a um amigo que se encontra com distúrbios nervosos ele se questionaria: - O que é um scrap? Pode ser algo que represente uma vontade reprimida. Ou
será uma mutação psíquica?

A verdade é que no orkut as pessoas add umas as outras para aumentar o número de “ciberdesconhecidos”. Elas não aprenderam a fazer "ciberamiguinhos" .

Janaina Takai

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Independência ou feriado?

Assistindo uma aula “daquelas” de teoria da comunicação, “daquelas” para não falar, stressante, “tediosa”, chata e fu...

Depois de uns 15, 20 minutos de blá blá blá do professor (nada contra o coitado, mas no dia estava sem saco), vi que seria difícil uma empatia com a tal e aí fui fazer um passeio mental.

Uma parada ali, outra lá, acabei por lembrar que sete de setembro, é feriado nacional. Mas ao contrário dos últimos 4, 5 anos, dessa vez o danado foi “escalado” para um domingo.

E aí que entra a “questã”: o brasileiro sabe que tem feriado apenas quando caí no meio de semana devido a sua pausa no trabalho, escola ou qualquer outra atividade que lhe torre durante os dias letivos? Acho que sim! Exceto Natal e “Ano Novo”. Esses sempre são lembrados, mas se pingam em um domingo os coitadinhos acabam tomando alguns xingos. Dá uma dó do Papito Noel e das suas reninhas.

Não vi ainda nenhum bendito que comentasse sobre o feriado que marca a “independência” da nossa Pátria Amada! Dia sete de setembro de 2008, nada mais “é” que um domingo. Mas imagine se fosse sexta, como foi em 2007? Até missa mandariam celebrar para a alma de Dom Pedro pela "caridade".

Só que a benção para o nosso “herói”, ficará para 2009, quando a data histórica caírá na segunda. Pois nesse corrente aninho, sete de setembro não será feriado nacional, e sim um domingo normal.

E falando pela brasucada: ainda bem que calendário de carnaval segue um outro tipo de escala. Assim não tem como ficar sem folga e farra. UFA!

E Dom Pedro aos berros exclamou: Independência ou morte!
E o povo respondeu: Independência!

E Vanildo indagou: Independência ou feriado?
E o brasileiro respondeu: FERIAAAAAAAAAAAAAAAAAADDDDDDOOOOOOOOOOO!!!


Nesta minha primeira "aparição" no mês de setembro, gostaria de celebrar o nascimento da minha priminha Laura, que carinhosamente já é por mim chamada de Laurinha. A filha da Tia Berê nasceu. A Berê que me enssinou a ser sociável, a Berê que me ensinou a beber e a farriar. A Berê que há 3 anos anos casou com o são paulino Zé Rubens (gente boa de mais!). Mas a filhinha da atléticana Berê e do tricolor Rubens, nasceu dia 1º. de stembro de 2008, no dia em que o meu Corinthians completou 98 anos. VIVA!!

Vanildo (Marley)