segunda-feira, 18 de maio de 2009

A doce agonia de quem ama

Mais um post brega e ridíulo...

O som ritmado da sua voz ecoa em meus ouvidos. Estes estão cansados de ouvir palavras que estão longe de você. Bailando por entre carros e pessoas, deixo-me conduzir pelo belo espetáculo que é a vida. Vida que vira contemplação inútil sem sua companhia. As palavras ditas por você acompanham meu tortuoso destino...

Coreografando passos apressados corro ao seu encontro. É difícil aceitar que meus esforços não apressam o tempo. O buzinar constante do trânsito parado acelera ainda mais o palpitar do meu coração. Sofrido coração! Na ânsia de te encontrar ele tenta fugir por entre meus lábios, mas é tentativa vã.

Olhando o relógio conto os muitos minutos estacionados neste engarrafamento. Com ironias demasiadas, o destino vai escrevendo o deprimido texto da espera.

A sanidade já prestes a sair de cena e a loucura pronta a assumir o controle. Os carros agora andam. O balanço que eu sentia forte no peito agora pode ser visto. A agitação do meu coração é visível. A lembrança da sua voz se mistura a vozes de anjos que anunciam o fim de tamanho desalento.

O momento se ascende com o termino dos sofrimentos que já não são lembrados. O que penei distante de ti foi sanado e é totalmente sem valor diante do reencontro.

Queimando de alegria alcanço seu corpo. Junto de ti sinto-me envolta em nuvens de êxtase. Todas as emoções que ardiam reprimidas em nossas almas enquanto separadas se unem em um mesmo espírito. Agora, unidas em igual emoção, nossas almas atingem o anseio de estarem novamente completas.

Por Janaina Takai

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Do 13 ao 20

Na próxima quarta-feira, dia 13 comemora-se o dia da Abolição da Escravatura, a Lei Áurea. Equivoco meu, perdão. Não há comemoração (se ainda existe é pouca e irrelevante). A referida data conhecida como o dia de libertação dos negros – interpreto tal fato como ironia histórica – nos últimos 10 anos (estimativa fundamentada no meu achismo) perdeu a primazia para o 20 de Novembro. Houve, dessa forma, uma espécie de esvaziamento simbólico, perda de significação acerca da Lei assinada pela graciosa princesa Isabel em detrimento ao Vinte de Novembro, marco da morte de Zumbi e derrocada do Quilombo dos Palmares.

Migração necessária? Creio que sim. A Lei Áurea foi mais benéfica para os possuidores de escravos do que para estes. É preciso lembrar que naquele momento ter escravos era mais caro (ter que alimentar, vestir e oferecer “moradia” mesmo que precariamente é um “rombo no orçamento”) do que contratar trabalhadores “livres”. Assim feita, a Lei é áurea para os grandes fazendeiros que continuaram senhores, embora de mãos imigrantes. Ao negro, há que se generalizar, restou adaptar-se a uma realidade estranha e para a qual estava despreparado. Ao comemorarmos o 20 de Novembro como a dia da Consciência Negra, agregamos a ele novos valores mais afeitos ao movimento negro. É preciso um dia, semana ou mês da Consciência Negra? Fico em dúvidas. Temos um dia da Consciência Branca? Mesmo assim é pertinente lembrarmos do negro como exceção, pois o sistema capitalista (ideológico e econômico) implantado no Brasil tornou-o exceção (não nos esqueçamos, óbvio, de outros elementos sociais que também são marginais ou marginalizados na Pátria amada, salve salve!).

Não explorei, e nem mesmo entrei, em pontos importantes para uma melhor compreensão deste que é um tema tão complexo. São perspectivas que devem e só podem ser iluminadas a partir de um aprofundamento em estudos que apreendem facetas ideológicas e como esta se manifesta. Aos interessados indico Muniz Sodré, com quem, aliás, encerro este post: “Embora o racismo ideológico tenha sido duramente atingido, persiste com força ainda maior o movimento de intolerância e exclusão do outro em representações, pratica se fatos miúdos do quotidiano das classes sociais contemporâneas. O paradigma perdeu a coerência ou a visibilidade enquanto modelo doutrinário, mas ancorou-se no fundo da consciência pequeno-burguesa, difratando-se, como uma espécie de fenômeno social global, no corpo das práticas sociais ultramodernas.”


Jean Carllo

domingo, 3 de maio de 2009

Dica para os ouvidos e mente

Embora seja cada vez mais freqüente esse tipo de estratégia, dessa vez vale o destaque.
As grandes empresas começaram a usar suas marcas em outros campos para colocar mais em evidência seus nomes no mercado.

E assim também fez a Mitsubishi, que acelerou para o rádio.

Vale o acesso: www.mitsubishifm.com.br.


Vanildo Marley