quinta-feira, 31 de julho de 2008

Esclarecendo

Antes do meu post oficial, quero aqui esclarecer ao pessoal de Alterosa que ficaram bravinhos comigo sobre a legenda que coloquei em uma das fotos que tirei para um dos postes a respeito do encontro de motociclistas, no último domingo. Estão dizendo que sou louco, mas verão que tenho razão e não sou biruta não.

Na legenda dizia que o evento tinha lá no domingo mais de 5.000 pessoas. Aí tão me dizendo que tinha bem mais de 5.000 e não só isso. He he, pegarei vocês que me chamaram de louco por isso.

Se eu coloquei na legenda mais de 5.000 pessoas, é porque não era só 5.000 e sim poderia ter 7, 8 e até 1000.000.000.00 de pessoas. Certo? Acho que sim né? Ufa! Bela desculpa que arrumei.

E uma curiosidade ou falta de sorte. Na minha passagem rapidinha por Alterosa hoje( cheguei agora pouco, 20h53), além de escutar várias por essa legenda mal interpretada, encontro por lá um maluco formado em cinema na USP, uma espécie de nômade mauricinho. Se é que isso existe. E que esteve lá esse final de semana para fazer um filme sobre o encontro de motociclistas e a cidade. E a minha idéia na qual me iludi achando que era única, foi trucidada.

Mas não perdi tempo e chamei o “gênio” para ano que vêm fazermos uma parceria. Santo desinteresse. Tive a sensação que ele não curtiu muito não. Ele precisa é de uma mistureba – hibrida urgente. E nós do blog aqui defendemos sempre parcerias. Sejam elas certeiras ou bizarras.

Termino com uma frase do sempre aglutinador de tribos, Renato Russo:
“"O importante é você fazer o que quer. Esqueça os rótulos, o que importa é a amizade"




(A gora é pra valer!)

Crítica a crítica

Fuçando nos jornais na manhã de quarta-feira 30/07 deste ano que acelera nossa idade, vi em uma das páginas a foto de Renato Russo, Cazuza e do grupo RPM. Então conseqüentemente me interessei em ler o que estava escrito sobre os tais.

Vi que era a respeito de trabalhos que estavam guardados e que só agora estão sendo lançados. Um CD de Renato Russo “O Trovador Solitário”(Discobertas/Coqueiro Verde), um DVD de Cazuza “Pra Sempre” (Universal) e um Box com quatro CDs e um DVD do RPM “Revolução! – 25 anos” ( Sony/BMG). Até aí tudo bem.

Mas no decorrer do texto que lia, fui me alimentando de algumas interrogações.
O autor da crítica, o bacana Lauro Lisboa Garcia, falando no popular, desceu a lenha nos trabalhos. Disse que os artistas do rock nacional dos anos 80, depois de terem sido febres, agora alguns se mantêm “as raspas e os restos”. Foram feitas ali duras observações a respeito desses materiais que estão indo para o conhecimento do público.

Minhas interrogações começam justamente nesse ponto. Alguma parte da mídia, englobando tudo, inclusive os críticos. Queixam-se da péssima qualidade de artistas. Do gosto ruim do povo para a arte. E alguns dessa mídia dizem que a galera não valoriza o artista do passado. E o pior, essa mídia critica a mídia em geral por não valorizar os grandes nomes do passado.

Então se existe essa cobrança, se dizem que a mídia é responsável em valorizar coisas boas para quem a acompanha, e acham que todos devem valorizar o que já passou. Por que então essa mesma mídia quando é lançado um tributo ou coisa parecida é a primeira a criticar?

Por que tanta rigidez em comentar um trabalho que só está sendo lançado para que grandes nomes passados fiquem em evidência? E que as pessoas mais jovens os conheçam? Não é para dar valor nas grandes obras?

Respeito à opinião deste crítico que escreveu sobre esses 3 trabalhos. Mas mesmo assim acho que por mais que tributos e outros tipos de homenagens quando lançados não sejam tecnicamente sedutores, é preciso que se tenham menos socos diretos nesse tipo de material.

Ele até tenta desengasgar alguns elogios para essa turma, mas a moela temperada com pimenta ardida, já tinha matado os três pobres trabalhos.

Mesmo que seja só para agradar quarentões como ele cita (o que não é verdade, porque eu me interesso e muito no rock brasuca dos anos 80, e passei um pouquinho só da metade do que ele disse) é preciso ver o outro lado da nota. O outro lado é que, tem gente que não quer saber de qualidade, de como foi produzindo ou coisas assim. E sim, querem apreciar obras, de grandes ídolos que marcaram de certa forma a vida de muitos. Sejam de 40, 50, 60, 70, 80, 90 e até de 20 ou 10 anos.

Senhores críticos, senhora mídia. Podem continuar a colocar seus pontos de vista sobre esse tipo de trabalho, pois opinião é filha da democracia. Mas não reclamem depois que a massa é burra e que a memória do brasileiro é curta. Porque tem sempre alguém de vocês exagerando no tempero das refeições artísticas do passado que tentam respirar perante a dinâmica desinteressante que rola em dias atuais.


Vanildo (Marley)







quarta-feira, 30 de julho de 2008

Perdido no canto



No canto ela está jogada. Meio suja, mas nada que ofusque sua beleza. Ela brilha. Largada no chão não deixa indícios do que lhe aconteceu. Se a noite foi alegre ou decepcionante não dá para julgar. O fato é que ela está ali.

Observando a maneira como foi deixada, pode – se imaginar que a noite foi tranqüila e sem muitas emoções. As duas estão juntas. Se a noite tivesse sido turbulenta ou cheia de brigas essas poderiam estar jogadas, cada uma no seu canto. E se a noite tivesse sido maravilhosa, provavelmente esse par já estaria guardado. Funcionaria como um amuleto. Hoje esse par me trouxe sorte e como quando possuímos um trevo de quatro folhas o guardamos com todo o cuidado, isso teria acontecido a elas. Mas não foi o que sucedeu. Nem espalhadas como quem sofre desilusão e nem guardadas feito dama da sorte.

Ali no canto se mostram insignificantes. Pensando positivo isso é bom, pois se tal par tivesse sido “acompanhador” de tamanha desavença esse já poderia estar longe. Pelo lado ruim, essas não parecem ter importância para quem as possui.

Ali esperando para ser guardado ou usado novamente, o par de sandálias revela que o final de semana foi normal. Mais um fim de semana perdido, no calendário da vida de uma garota.

Janaina Takai

terça-feira, 29 de julho de 2008

A Globalização pela ótica da Periferia

Finalmente assisti – porque desde o seu lançamento ansiava por vê-lo –, o documentário “O Mundo Global Visto do Lado de Cá” de Silvio Tendler. Certamente um excelente filme com ótimas imagens e entrevistas. No entanto hoje o meu foco principal não será o documentário e sim o sujeito documentado: Milton Santos. E escrever sobre esse homem não é das tarefas mais fáceis para mim. Desde a minha adolescência nutro por ele uma profunda admiração, uma espécie de referencial de pensamento e ética intelectual.

Mas quem é este Milton Santos, deve estar se perguntando alguns de vocês. Portanto, aos que não o conhece um pequeno resumo biográfico: Milton Santos nasceu em 1926 na Bahia. Neto de escravos foi alfabetizado em casa pelos pais que eram professores, formou-se em direito, exerceu o jornalismo e foi para a França, onde se tornou doutor em geografia. Lecionou em várias partes do mundo como França, Canadá, EUA, Venezuela e países africanos. Em 1978, voltou para o Brasil e, a partir dos anos 90, tornou-se conhecido como um dos principais críticos das idéias neoliberais que, naquela década, conheceram o ponto máximo de seu prestígio. Morreu em 2001 tendo recebido mais de 20 títulos de Professor Honoris Causa e o Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud, o “Nobel da Geografia”. Milton foi um intelectual como poucos no Brasil, aliás, se auto definia como “um intelectual tal qual Sartre”. Um intelectual que toma partido (e partido aqui não significa partidarismo) no tempo em que vive, que fala para fora do âmbito das academias e das universidades, que coloca o seu "instrumento de trabalho" – a formulação teórica, a reflexão, o discurso e o ensaio reflexivo –, a favor da existência humana e muito pouco a favor de sua própria profissão.

Ao ser questionado pelo documentarista Tendler se era difícil ser um intelectual negro no Brasil, Santos astutamente responde: “É difícil ser negro e ser intelectual no Brasil”. Enfim, “O Mundo Global Visto do Lado de Cá” sintetiza brilhantemente o pensamento de Santos, o título faz referência ao processo globalizante pensado a patir do “Terceiro Mundo”, o Sul em desenvolvimento e subdesenvolvido. Nada mais atual nesses tempos em que se debate uma possível crise alimentar, aquecimento global, poluição. Temas atualmente recorrentes às pautas jornalistícas.

Foi, de fato, emocionante ter assistido Milton, visilmente doente ele morreria 5 meses após a gravação da entrevista para o documentário, embora com o mesmo raciocínio ferino e analítico acerca da contemporaneidade pelo qual foi reconhecido. Isso se evidencia pelas suas últimas palavras ao documentarista: “... estamos fazendo o ensaios do que será a humanidade. Nunca houve.”


Jean Carllo

segunda-feira, 28 de julho de 2008


Os cabelos escuros de Vinetree confundem-se com as raízes de uma enorme árvore de tronco grosso e folhas largas. Eles se entrelaçam, tornam-se o mesmo algo, que nasce do solo e mama nos raios do Sol. O seu corpo, nu, pálido e cheio de pintas amarelas, deitado sobre a natureza, aos poucos toma forma de terra e grama, o colo que lhe sustenta. Caem em seus olhos orvalhos, fazendo-os fecharem-se lentamente, como mãos. Mãos finas, transparentes, que cantam em gestos uma canção celta para que durmam estes olhos que elas fecham.
As pratas que pertencem a Vinetree estão enterradas no gramado úmido onde deitara o seu corpo e junto a elas nascem alecrins contornando a enorme árvore de tronco grosso e folhas largas.

Nietzsche Cywisnki

A cidadezinha do rock!

Nessa segunda postagem sobre o encontro de motociclistas das “Arterosa” comentarei algumas coisas que aconteceram no último dia de evento (27/07) do corrente ano.

Só para registrar os direitos autorais da idéia, pretendia fazer um documentário da festa, mas por motivos profissionais e contratuais não foi possível fazer o registro que queria. Seria um lance inspirado no dvd do Barão Vermelho gravado no rock in rio de 1985 e lançado ano passado. Mas, adianto aqui, que no ano que vêm não medirei esforços para realizar esse trabalho na cidadezinha do rock ou no rock in rio alterosa. Como preferir.

Pronto, idéia já registrada. É hora então de contar o que registrei por lá no dia em que foi possível ir.

Domingo, 27 de julho de 2008. Em torno das 15h00 dou partida rumo à praça da igreja Matriz onde fica a maior concentração de tribos do acontecimento. Mas um pouco antes de lá, nas proximidades da rodoviária já era possível perceber o carnaval em ritmo de rock com o desfile dos motociclistas e também motoqueiros (há diferença).

Mas, ao contrario dos anos anteriores, nesse ano não havia uma concentração grande de motocicletas arrojadas. Primeiro tive essa impressão, depois confirmei com algumas pessoas que curtiram todos os dias do evento. Aí, sem as máquinas de duas ou três rodas que tanto queria para tirar fotos aqui para o blog, me restou fazer algumas observações.

A banda SETE GALO ( “cócórócócó”) mandava no palco um rock´n´roll caprichadíssimo. Covers de The Doors e tudo mais. Porém, eram os clássicos, dos clássicos, dos clássicos, aqueles que até Adão e Eva sabem é que faziam à alegria do “povão” - acho que posso chamar assim.

Clássicos, como Hotel California (Eagles), Satisfaction ( Stones), I want to break free (Queen) e lógico que ela não poderia faltar, Sweet Child o' mine (Gun´s) confesso que, apesar da animação de quase todos ali, meus tímpanos brocharam. É como se a seleção brasileira até hoje convocasse o Pelé, e dependesse dele ainda pra fazer gols. E evento no interior não tem jeito, para animar parece que o Guns é só essa música. O doce já azedou, pelo menos para mim. Mas olhando pelo lado otimista e com menor individualidade, fiquei feliz por ver tantas pessoas dançando e tentando cantar uma música que não fosse essas de domingo legal e super pop.

Agora, o consumo de cigarro também foi qualquer coisa de incendiar. Para cada acorde de um desses clássicos, no mínimo umas 3 tragadas. Era fumaça que não tinha fim. Pior do que a fumaça estragando os pulmões de gente como eu que detesta cigarro, foi à brasa de uns 3 ou 4 que me sapecaram. Por sorte minha calça não teve perca total. Nada que um remendo não dê jeito.

Queria ter fotografado as barracas dos ambulantes, mas preferi guardar para o ano que vem. Não posso deixar de falar aqui das calcinhas que estavam lá para serem comercializadas. É cada uma que me inventam. Tinha calcinha da Yamaha, Honda e ,se procurasse direito, até da Volkswagen com a brasília amarela dos mamonas perigava ter. Aí a imaginação por um instante ficou fértil, e já que o evento respirava rock, imaginei a Pitty e a Avril Lavigne (embora essa última ainda deixe dúvidas de seu estilo... mas foram as que iluminaram minhas fantasias naquele momento)com aqueles pedacinhos de pano escrito yamaha e honda. E como o evento era destinado ao rock e não ao forró, tinha calcinha vermelha , rosa, verde,"azule" , branca e até descolorida, mas nenhuma calcinha preta . E deve ser por essas pecinhas íntimas femininas que as barracas ficam armadas três dias de evento sem cair.

Mas uma vez ressalto a iniciativa dos organizadores do evento. Mas uma vez porque em 2006 quando ainda trabahava na Onda Sul fiz rasgados elogios aos organizadores e idealizadores. Mesmo que não tenha sido o esperado por mim e pela maioria das pessoas que conversei de varias partes de região e de algumas localidades de São Paulo e até do Paraná, não deixou de ser uma opção diferenciada.

Convenhamos, não é todo dia que se encontra em uma cidade do interior de um estado onde a música sertaneja e as festas de peão são predominantes e que depois se deliciam no axé e vão até o chão com o funk uma festa que por um final de semana todo tem como principal ritmo “esse tal de rock´n´roll”.

Que o encontro de motociclistas de Alterosa, depois da derrapada desse ano, consiga a partir do ano que vem voltar novamente
a saltar bem alto.

Vanildo (Marley)



domingo, 27 de julho de 2008

Elliot Smith

Para começar, já digo que essa vida de blogueiro não é

Uma voz suave, um violão. Letras melancólicas, irônicas e bem pessoais. Um som pra ouvir num dia daqueles que você está se sentindo como merda e precisa de algum conforto. Elliot começou sua carreira solo em 94, com um álbum que é considerado por muitas pessoas como um dos mais tristes da música pop. Nas letras, desabafos de um junkie: Needle In The ray fala sobre heroína, The Withe lady Loves You More sobre cocaína, e por aí vai...e claro, muitas letras sobre relacionamento. Ele já participou de algumas trilhas sonoras, como a de Gênio Indomável, Os Excêntricos Tenenbaums e mais recentemente, de Paranoid Park. Elliot gravou pouco. Seu fim, como suas músicas , foi triste: suicídio(ou não. Há a hipótese de que a sua namorada o matou. Afinal, ninguém comete suicídio com duas(!!!) facadas no peito...).


Deixo uns links pra vocês o conhecerem melhor: o Sweet Adeline, site mais completo sobre o cara, feito por fãs, em inglês, e o Either / Or, seu melhor álbum(pra pegar é só clicar na capa abaixo.)

Lucil Jr.




Rock ainda é religião!


Para começar, já digo que essa vida de blogueiro não é nada aconchegante. Nesse exato momento o relógio do computador marca 23h17 (27/07), e o que mais me atrai nesse instante é a minha sorridente caminha.

Mas já diz o ditado ou chavão (depende do ponto de visa): “quem tá na chuva é pra se molhar” então molharemos.

Não foi como queria, porém não deixou de ser uma daquelas tardes de domingo para contar para os netinhos daqui alguns muitos anos, assim é o que espero. Estive pela quarta vez consecutiva no encontro de motociclistas de Alterosa. Evento que ano após ano ganha dimensões interessantes de uma maneira popular, mas chutando para bem longe o popularesco, ainda bem!

Como de costume, foram 3 dias de evento: sexta com apresentação da banda VELOCIRAPTOR, sábado foi à vez da banda MISSISSIPI e domingo banda SETE GALO (cócórócócó). Essa eu vi alguns trechos da apresentação.

Partindo agora para o resumo da opera, quer dizer, para o resumo do que vi no último dia de evento. Posso dizer que como sempre aconteceu nas vezes que fui, é que “esse tal de rock´n´ roll” ainda é absurdamente contagiante.

Mas além das guitarras distorcidas e dos berros de libertação, consegui captar no meio daquele “Rock in Rio Alterosa” algum ''creu'' pra lá, outro ''mexe mexe a bundinha'' de cá, mas nada que atrapalhasse aquele clima diferente que ressoava naquela cidadezinha do interior das Gerais.

Esse foi apenas um aperitivo do que contarei amanhã na minha próxima postagem. As estórias, curiosidades do que aconteceu comigo, desde a saída de minha casa até o meu retorno e mais fotos também.

Acredito que seja no mínimo obrigatório conferir o próximo post.


Vanildo ( Marley)

Motos mais comuns no encontro mais alternativo das férias de julho no sul de Minas
Mais de 5.000 pessoas na praça da igreja Matriz

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ops!



Não sou muito bom com palavras, mas garanto que mostrarei a vocês muitos caras que são. Também não sei tocar instrumento nenhum(sabe aquela história do músico frustrado que virou jornalista? Pois é ...) mas vou mostrar à vocês um tanto de gente que entende do assunto, podem esperar. Verão uns nomes estranhos aqui às vezes: Maiakovski, Dostoievski, Kieslowski, Tarkovski, Kurosawa, Truffaut, Artaurd, Burroughs,Coltrane, Ornette, Gillespie, Doisneau, Bresson. Mas não se assustem! Música,cinema,literatura.Eu respiro isso. E espero levar um pouco desse ar à todos vocês.

Lucil Jr.

Olá

Malukitas e malukitos!!! Sou Vanildo Donizete Gomes em algumas ocasiões, Vanildo Donizete em outras. Vanildo Gomes em outras, só Vanildo em outras e também dependendo da ocasião acabo virando Vanildo Marley ou solamente Marleyyyyyyyy. E por aí vai...

Pode me chamar do que achar melhor ou “menos pior”, desde que não me confunda com nenhum argentino. Isso nãããaãooooooo!

Sou ou tento ser, um neurônio ferido na Terra tentando o milagre da perfeição ( não faz mal sonhar com o impossível).

Curto muito, música, principalmente: Enka, Bebop, Beguine, Big Band, Cha Cha, Mambo, Merengue Africano, Rumba e Tango Asiático. Minhas bandas preferidas são: Misto Quente com Quiabo e Mostarda Picada, ambas, sucesso nas rádios Faustão Fm e Jô Soaritas Am.

Gosto muito de humor, embora passe a maior parte do tempo mal humorado comigo mesmo, dando socos em minha cabeça recheada de vento vindos de toda parte do espaço sideral.

Muita paz, curtição, um pouquinho de sacanagem e uma fungadinha no cangote!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A indefinição do ser


Quem é aquele ser estranho a caminhar distraidamente por estas remotas ruas, em meio a cães e pessoas desta cratera lunar no interior mineiro? Quem pode ser, o que pode ser? Ele está se aproximando... Será um humano? Só se for em demasia, pelo jeito... Parece carregar algo embaixo do braço, será uma Bíblia? Não, não, já posso vê-lo melhor... Oras, é só o estranho do Jean! Aposto como em lugar da Bíblia ele traz consigo um desses calhamaços de um... Que nome era aquele escrito na capa do livro? Han, que palavra estranha... Acho que Dostoik... Não, é Dostoievski! Quanta frustração... Ao longe me parecia algo mais exótico diferente do marasmo social que nos circunda, mas sendo o Jean não há nada de novidade. Peraí, a não ser que você – é você mesmo, o leitor dessas pouco eruditas linhas –, não o conheça (?!). Talvez então seja melhor lhes contar algo a mais desse tal Jean, que se auto-intitula esquizóide, pu-bli-ca-men-te, acreditam?

É verdade que não sei muita coisa sobre ele – como se alguém gostasse de saber muita coisa sobre ele, aliás –, o que sei é que me contaram que não sei quem falou que ouviu ele falar para certo amigo dele – amigo! – que ele, Jean tem verdadeiro horror e até discrimina uma espécie de “massas compactas”. Eu sinceramente, caro leitor, não compreendi muito bem o que venha a ser massas compactas. Será que ele não gosta de macarrão, ou coisa do tipo? Se for realmente isso, já não é bom sinal, afinal quem não gosta de uma boa massa não pode ser considerado bom da cabeça. Gente normal, cá pra nós, jamais recusaria uma boa lasanha! Talvez isso explique a magreza etíope dele... Pois é, mas voltando ao dito cujo e me atrelando aos fatos, sei que o mesmo cursa Comunicação Social e que, pasmem, tem ‘pretensões literárias’. Como eu soube desses traços relevantes da personalidade dele? Explicarei. A primeira foi fácil, andei conversando com algumas pessoas e descobri que ele estuda na cidade vizinha, aluno de jornalismo vejam bem, por isso que não temos coisas positivas na mídia, gente como ele não deveria ser formador de opinião. Aliás, sobre esta definição: formador de opinião – eu mesmo ouvi com estes santos ouvidos que possuo –, o nosso jornalistinha não aceita cordialmente. Pra ele, e eu ouvi muitíssimo bem, jornalista tem que ser formador de dúvidas e não de opiniões, vejam que absurdo é a mente desse coitado! Agora difícil mesmo foi descobrir que ele escreve – e escreve não como eu ou você, presumo; que nos utilizamos desta técnica em situações especificas e objetivas. Tive que fazer muita investigação, sondagem, trabalho de campo, sei lá mais o quê, pra lançar um lume sobre esta sólida escuridão. É verdade que ele tem alguns contos ou coisas do gênero; é também verdade que ele não os divulga, creio que por vergonha na cara, pois são péssimos. Nunca tinha lido umas coisas tão estranhas, metalingüísticas, influenciadas por alguns depravados que eu nunca ouvi falar, mas que ele cita muito nos seus escritos: uns tais de Sade, Nietzsche, Sartre, Kerouac, Deleuze, Noll...

Pseudo-intelectual. É isso o que ele é. Com essa cara, esses óculos, esse papinho de literatura, cinema de arte, músicas desconhecidas... Certamente um imoral, agnóstico, quiçá ateu, meu Deus! Temos que mobilizar a boa sociedade, as pessoas de bem para tomarmos uma atitude e extirparmos essa jabuticaba podre do nosso meio! Existe jabuticaba podre? Ah, não vem ao caso no momento... Esse esquizóide não pode continuar caminhando como um de nós. Quer queira quer não, em breve ele será sim, um formador de opinião. Vocês têm que me apoiar, temo pelas nossas jovens mentes que desconhecem o perigo do pensamento livre. O porquê de tanto temor?! Não me digam que não sabem que ele agora vai colaborar com suas idéias absurdas num blog? Será o fim. Não poderemos permitir. Clamo por: Censura, Censura, Censura!...

E lá vai o tal do Jean tranqüilo e displicentemente caminhando. Aquilo não é um ser, é algo indefinido e indefinível...


... é como pensar que sogra gente boa existe.


Como o nosso companheiro presidente usou trechos de uma música do Raul Seixas para representá-lo, também quero seguir os passos do excelentíssimo.

Enquanto o Lula prefere ser uma metamorfose ambulante, concordo com ele em vários sentidos da expressão, eu trilho pelo caminho “maluco beleza” do Raul.

Confesso que já me esforcei “pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual”, mas felizmente não tenho vocação para a ignorância.

Hoje me apresento com trecho “controlando minha maluquês, misturada com minha lucidez”. Maluquês essa que não se liga ao sentido “louco” da palavra e sim ao sentido que ela recebe nos nossos dias. Não trocar valores por moeda, não calar pensamentos diante de ameaças e não se deixar induzir por pessoas medíocres é visto como maluquice quando deveria ser compromisso. A lucidez entra como o freio que não me deixa extrapolar. A lucidez me mantém no caminho seguro e a maluques me deixa no caminho exato.

Enquanto elas andam juntas me mantenho na “loucura real” em que os homens transformaram esse país. Nesse caso me refiro ao ser – humano. A bagunça que o sexo masculino faz na vida de nós mulheres fica para uma outra conversa.

Espero que cada um que passar pelo blog goste de algumas das idéias apresentadas aqui. Afinal achar que vamos agradar a todos é como pensar que sogra gente boa existe.


Como tudo começou

Em algum dia de agosto de 2007, mais pro final, Vanildo viu na tv uma pequena reportagem a respeito de dois caras (que não lembra o nome) que foram os inventores da placa de computador e fizeram com que essa invenção que os tais tivessem tamanhos como tem hoje. No caso, eles estavam recebendo o prêmio Nobel de alguma coisa. E aquilo chamou a atenção de Vanildo que pensou o quanto esses cidadãos seriam idolatrados se isso tivesse sido em séculos passados.

O dinamismo em que o mundo se encontra, a falta de valorização dos profissionais, dos artistas e tudo mais, fez com que tivéssemos a idéia de fazer esse blog. Uma tentativa guardada às inúmeras e infinitas proporções, é claro, de reviver momentos como o do rock nacional nos anos 80, o da bossa nova 50 e 60, tropicália 60 e clube da esquina 60 e 70.

O que queremos na verdade, é valorizar e curtir as belas obras existentes. É curtir as cenas alternativas espalhadas e infelizmente não divulgadas. E lógico, sem muito sensacionalismo estarmos atentos às realidades do planeta, mas de uma forma menos maçante que os meios de comunicação fazem dos dias atuais. E também rabiscar nosso lado literário.

A intenção é fazer desse espaço, um lugar de tribos, democrático e com muitas idéias de até certa forma malucas para todos pensarem, discutirem e chagarem a algum tipo de opinião. Por isso o nome Mistureba Hibrida. Que foi inspirado no trabalho do Dj Paco Picalle que você saberá mais logo a baixo.


O termo “Mistureba Híbrida” é de autoria do DJ Paco Pigalle. Pra quem não conhece, Paco Pigalle é um DJ que percorre o planeta em busca de sons e ritmos diferentes do que a mídia nos impõe. As novidades que o DJ nômade traz a cada volta ao mundo podem ser conferidas em seu bar, que já funcionou em diversos endereços de BH. O fato é que a definição que o DJ Paco Pigalle dava para o som que ele toca é: “Mistureba Híbrida”. Quem quiser conferir mais detalhes sobre o DJ Nômade e a “Mistureba Híbrida” do seu som pode acessar http://www.pacopigalle.com.br/ . Tem matérias de jornal com o DJ, à programação do Bar Paco Pigalle, além de dar pra conferir algumas músicas pescadas por ele em algum lugar do mundo.


Bem vindo à nossa Mistureba Hibrida.